sexta-feira, 8 de abril de 2011

Iron Maiden 05/04/11

Scream for me, Curitiba... SCREAM FOR ME, CURITIBA!!!
Uma noite inesquecível, meus caros... uma apresentação mágica da maior banda de Heavy Metal da história! Foi isso que tivemos esta terça, dia 05/03/11 na Arena Expotrade, em Pinhais.
É claro que estou falando do Iron Maiden, banda veterana que veio ao Brasil para seis apresentações divulgando seu mais recente trabalho, The Final Frontier, décimo quinto álbum dos ingleses.
O show já impressionava antes mesmo de eu entrar no local. Até o palco era algo de outro mundo e podia ser visto de muito longe, uma mega estrutura para um mega show, é claro. Foram horas na fila com uma ansiedade sem tamanho, mas quando os portões se abriram o tempo começou a voar.

Estávamos lá na Área Vip eu e a Thays (@zombiegirl_) a pouco menos de dois metros da grade num mega aperto e cheiro de asa, com pouco ar para respirar e dor em tudo o que era articulação. Mas tudo isso foi embora assim que o Motorocker (que abriu o show) entrou no palco com suas músicas que são verdadeiros hinos do Rock curitibano. Com o "Blues do Satanás", "Igreja Universal do Reino do Rock", "Vamo, Vamo", "Rock Na Veia", "Salve a Malária" e o cover do AC-DC "Let There Be Rock" eles esquentaram bem a galera que obviamente não estava ali para ver eles, e sim a lenda viva do Iron Maiden.

Pontualmente às 21h ouve-se "Doctor, Doctor", que anuncia que o show está para começar. Aos primeiros segundo de "Satelite 15" a galera vai ao delírio ainda com a equipe no palco tirando as cortinas. Logo se vê Nico McBrain (bateria) assumir seu posto e a loucura toma conta da multidão presente ao ver que Bruce Dickinson (voz), Adrian Smith (guitarra), Dave Murray (guitarra), Janick Geers (guitarra) e Steve Harris (baixo) também assumiam seus postos. E assim, ao comando de Bruce termina a introdução e com uma batida na caixa inicia-se a celebração ao Heavy Metal com a faixa título do mais recente álbum, "The Final Frontier". Eu particularmente não conseguia acreditar que estavam ali os caras que eu vejo o tempo todo nos DVD's e no Youtube! Era simplesmente surreal ver os saltos do Bruce sobre os retornos, o pedestal voando uns 5 metros e voltando às suas mãos, tudo isso com uma voz de garoto, intacta pelo tempo e uma vitalidade de toda a banda que fez com que me sentisse num sonho. Os refrões fáceis fazem com que o Maiden tenha sempre 100% do público em suas mãos em todas as músicas. Sem falar na paixão que estava nítida nas vozes de cada um dos presentes, uma verdadeira festa com milhares e milhares de convidados.

A segunda música do set foi "El Dorado", single lançado gratuitamente pela banda na internet antes do lançamento do próprio disco também não deixou ninguém parado. mas a casa veio a baixo mesmo pela primeira vez quando Adrian começou a executar as primeiras notas de "Two Minutes To Midnigh" aí segura onde der porque se você não está pulando é porque está no camarote. Aquele mar de gente que minha vista sequer alcançava até o fim da Vip todo cantando a uma só voz, agitando e aproveitando cada segundo daquele momento que vai durar pela eternidade em nossas memórias.

E assim foram mais duas músicas do novo disco "The Talisman" e "Coming Home", mantendo o público vivo para a extensa "Dance of Death", do homônimo disco. Musica essa que precedia nada menos que "The Trooper", que fez com que tudo explodisse outra vez com Bruce agitando a bandeira do Reino Unido e uniformizado de soldado, como de costume. A seqüência, com "The Wicker Man", do album Brave New World não deixou os ânimos baixarem denovo, esse era o momento de pular mesmo.

Pausa para um breve discurso de Bruce antes de "Blood Brothers" e nessa hora tivemos que ir algum metros para trás, pois minha companhia não passava muito bem. Bruce demonstrou seu bom humor dizendo: "gostaria de dar um oi para o pessoal ali, tem um estacionamento ali atrás, acho que é de um mercado ou sei lá... tem um pessoal ali que está vendo o show de graça, vamos dar um oi!" e seguiu depois falando do terremoto no Japão, a banda estava prestes a aterrissar em Tóquio quando houve o tremor. Além disso, parte da renda dos shows da turnê está sendo repassada para ajudar a reparar os estragos na terra do sol nascente.

Seguiram ainda "When The Wild Wind Blows" e "The Evil That Men Do", sempe com grande interesse do público, mas quando começou "Fear of The Dark", aí é que o público curitibano mostrou do que é feito. Palavras não descreveriam a sensação daquele momento, só quem esteve lá pode saber o que foi... A seguinte foi "Iron Maiden", com a aparição do "Eddie", mascote da banda, que tocou guitarra e insultou o público com gestos obscenos mais uma vez fez o Expotrade vir abaixo com toda a platéia cantando o refrão a plenos pulmões, e com isso encerrando a primeira parte do show.


Após uma pausa de uns 30 segundos, inicia-se o bis com "The Number of Te Beast", sem dúvida alguma o maior hino da banda. Esse pra mim foi o melhor momento do show, pois a música seguinte seria "Hallowed Be Thy Name". As quatro últimas músicas citadas contaram com a maior explosão de energia que se pode imaginar, com todos gritando e pulando o quanto conseguiam e até um pouco mais. Foram momentos de puro encanto e sintonia entre a banda e o público. Em "Hallowed" Bruce comandou a platéia, como de costume, erguendo as mãos para que todos gritassem loucamente.

O show se encerrou com "Running Free", música na qual Bruce apresentou cada membro da banda e arremessou ao público seu gorro suado e munhequeiras, para delírio de todos. Mais uma execução perfeita para fechar uma apresentação irretocável da maior banda de Heavy Metal que a história já testemunhou. Tenho certeza de que todos saíram do Expotrade naquela noite com a sensação de alma lavada e sem palavras para escrever o que acabaram de presenciar. Com certeza esse foi um dia que ficou marcado na vida desse povo, porque na minha ficou!

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